terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Palavras (Saudades)


Palavras dons de vida e de morte…

Quando deixarei de me fingir de forte…

As pessoas aprenderam a seguir até o norte…

Entenderam que existe algo mais forte que a sorte…


Muitos acreditam compreender…

Mas poucos admitem que precisem aprender…

Que na vida nem tudo é apenas vencer…

Como o amor não se precisa entender…


Como um peregrino a caminha…

Após a noite sempre existirá a manha…

O mais doce carinho a sentir…

Uma linda rosa a se despir...


Pensamentos a vagar…

Em que lugar meu espírito quer repousar…

Heróis rapidamente a cavalgar…

Quão aquela linda mulher irá amar…


Ilusões de um singelo ser…

Acabam com os raios do alvorecer…

Mas quando algo queima num coração…

O menor desejo arde mais que uma nação…


Um leigo a sabedoria a buscar…

Um poeta pelas belezas a se enamorar…

Meus olhos apaixonados não deixaram de te mirar…


Mil anos poderia viver…

E tal enigma nunca poderá resolver…

Porém as duvidas não iriam me deter…

Pois quando tiveres nos meus braços irei me perder…

Alegria tal fará mais que o sol, a minh'alma, resplandecer…


Uma criança mimada com seu mestre a lutar…

Um tolo que não acreditava no amar…

Um esquecido a suscitar…

Como pode dentro de mim esta a queimar…


Meus lábios secam de saudade do teu mel…

Meus olhos sangram por não te verem mais sem teu véu…

O que bate em meu peito já não mais é meu…

Será meu tesouro dado pelo céu…


Ainda que a eternamente pudesse existir…

Nenhum amor acima de ti iria sentir…

Pois nenhuma outra mulher desejo possuir…


Por mais que vivi entre as trevas e a luz…

Como doe, longe de ti, essa minha cruz…

Machuca como uma vida sem Jesus…


O que me toca é maior que o meu ser…

Um universo inteiro poderia reter…

Mas apenas uma cousa mais que tudo estou a querer…

Feliz ao teu lado eternamente permanecer…

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ainda Assim é Amor

Ainda que a mais suave missiva pudesse compor…
Ainda que um coral de anjos ministrasse o louvor…
Ainda que pétalas de rosas expressassem tal primor…

Ainda que a mais sublime harmonia estivesse a sentir…
Ainda que o portal do paraíso estivesse a se abrir…
Ainda que tal doçura o mel não possa exprimir…

Ainda que tais curvas a matemática não consiga explicar…
Ainda que tal perfeição a natureza esteja a demonstrar…
Ainda que meu peito não pare de por ti pulsar…

Ainda que mil anos estivessem a sonhar…
Ainda que a mais linda ninfa possa contemplar…
Ainda que tal suntuosidade esteja a me arrebatar…

Ainda que tão puro sentimento esteja a nascer…
Ainda que minha ciência não possa entender…
Ainda que este nem o universo possam conter…

Ainda que mil anos possamos nos amar…
Ainda que imperfeita a vida esteja a nos brindar…
Ainda que infinito seja o desejar…

Ainda assim tal verdade irá viver…
Ainda assim tais sonhos irão crescer…
Ainda assim tudo o nosso amor irá vencer…

Ainda que por um dia estivesse a sonhar…
Ainda que por séculos estivesse a te procurar…
Ainda assim hoje podemos enfim nos completar…
E pela eternidade reinarão nossas almas a se unificar…



Por : Rodolfo Sabino

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Amor

O que é o amor?
É pena um verbo?
Ou uma simples palavra?
Não, não ô é...
Mas como definir...
Tal sentimento?

Não o sei...
O que apenas sei...
É que todos...
Podemos senti-lo...
Independente de...
Raça, Cor, Sexo...

Todos nos o sentimos...
Todavia, nem assim...
Conseguimos compreendê-lo...
Mas simplesmente...
Somos tocados por ele...

É engraçado ver como...
Reagimos ao estarmos...
Enamorados por algo...
Falta-nos o que...
Chamamos de razão...
Ou será que é...
Quando começamos a tê-la...

Este sentimento é...
Muito mais complexo...
De que as nuances...
Da lógica, diria até que...
Poderíamos fazer...
Uma nova ciência...
Só para amá-lo...

Pois há tantos tipos...
Tantas intensidades...
São infinitos...
Tipos de amor...
Que existem num...
Mesmo ser...

A minha definição...
Sobre o amar...
É sentir algo...
A ponto de se confundir...
Se estas sentindo...

Ou se é a voz...
Da sua alma que...
Começou a falar...
É compreender o incompreensível...
Apenas com um olhar...
É ficar cego ao obvio...
É perceber...
O aroma das rosas...
Indo ao trabalho...
Pela manha...
É encher-se de jubilo...
Apenas com um sorriso...
É sonhar acordado...
É flutuar na terra...
É enxergar com olhos...
Divinos o outro...

É amando que...
Compreendemos que até...
Atrás das trevas da noite...
Há um lindo amanhecer.



Por : Rodolfo Sabino

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Que Adjetivos…

Que adjetivos expressariam tal beleza…
Pois nem os anjos possuem a tua leveza…
Muito fiquei A pensar…
Mas como tal harmonia eu posso fitar…
Ainda que minha ciência esteja a se maravilhar…

Sei que atrás desse fino véu…
Há mais tesouros que no céu…
Mesmo que sábio fosse no versar…
Como teu primor eu poderei eternizar…

Como o concriz a cantar…
Ou até mais lindo que os corais de anjos a louvar…
Teu semblante até o sol pode ofuscar…
E ao mesmo tempo como uma brisa a suavizar…

Mais delicada que as pétalas de uma rosa…
Tão magnífica que não a quem possa…
Resistir a tão impactante primor…
Nem a natureza consegue tamanho sabor…

Todavia, apenas um desejo eu quero realizar…
Que entre caricias e amor possamos nos fundir…
Para a nossa união se eternizar…
E que nosso amor possa sempre nos unir…



Por : Rodolfo Sabino

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sol e Lua

Havia uma princesa linda...
Todos os dias ela pensava …
Quão solitária está a vida...
Mesmo sendo feliz indagava...

Quando o amor vou conhecer...
Até o dia, que ninfa tão airosa...
Conseguiu, o mais precioso obter...
E tão singelo, desabrochar da rosa...

Sua delicada face a todos iluminar...
E o beijo da alvorada, as trevas a romper...
E tão sublime mulher a todos encantar...
Por instante o olhar de um cavaleiro, a ver...

Suas pernas cambalearam e sua espada a cair...
O cavaleiro sentia-se arrebatado...
Seu peito pulsava forte, seu coração queria sair...
Jamais a tal primor, havia contemplado...

Todavia tal cavaleiro tinha que partir...
Então a princesa Manu uma rosa lhe deu...
E seu coração, não queria se despedir...
O cavaleiro a guerra foi, mas prometeu...

Ainda que a morte esteja a enfrentar...
Em teus braços irei me perder...
Ainda que muito tenha que pelejar...
Ao teu lado pela eternidade, vou viver...

Muitas batalhas e seu sangue a jorrar...
Mas sempre que estava para morrer...
Da promessa a sua amada estava a lembrar...
E como um leão a guerra a vencer...

E tão excelsa Manu a esperar e orar...
Aos poucos a saudade a cortar o seu coração...
Até que em poucos dias, a guerra iria terminar...
E os cavaleiros, ao longe a entoarem a canção...

E Rodolfo, com o corpo todo ferido...
A se aproximar e aos poucos tais gamelas a fitar...
E sua face abatida, a ganhar um novo colorido...
Enfim sua Manu podia abraçar...

A noite foram caminhar...
E algo mágico finalmente pode existir...
Onde apenas a lua os podia testemunhar...


Por : Rodolfo Sabino